as últimas cartas de amor,

10:24 Ana Flávia Sousa 6 Comments






Enquanto me concentro numa leitura incrível, de um romance lindo e triste, você sorri do lado e diz que é porque é bonitinho me ver lendo. Aí as lágrimas antes emocionadas com o romance, agora se misturam com a realidade de seu divertimento, companheiro. Talvez você tenha ganhado meu coração naquele momento em que reconheceu e admirou esse meu vício saudável por esses objetos de guardar histórias, impressas. Talvez, junto com aqueles quatro livros do Nicholas Sparks e aquele cartão de um mês de namoro e bons momentos, já havia mais sentimento do que imaginávamos. O livro pelo qual eu me derretia naquela noite era "A última carta de amor", aonde os personagens principais se perderam um do outro por quarenta anos e se reencontraram graças à uma última carta de amor, perdida num arquivo de um jornal. Bem antes da leitura eu já achava importante te encher da minha escrita amadora, pra eternizar um sentimento que só cresce, cresce. Talvez eu já quisesse garantir que não nos perderíamos um do outro e que nossa história continuaria sendo escrita e mais tarde contada, linda. Aí rabisco bilhetes por aí, envio mensagens no celular, só pra registrar o quanto te quero bem e quase saio dançando e cantando quando é você quem escreve amor e me envia no celular, num meio da tarde. Você, meu anjo, ainda borda lindamente palavras pra me conquistar a cada dia e regou nosso começo de namoro com todas essas cartas de amor, que nunca serão últimas, nunca. E lá no finalzinho, o que mais me aquece o coração, é ler sua assinatura: 'Do seu sempre, sempre seu Gabriel.'  Pra mim, é ali que nosso amor transborda, nessa 'promessa' e certeza de um sempre, sempre juntos. Hoje meu bem, escrevemos nossas cartas de amor naquele olhar demorado, só nosso. Nas dancinhas e musiquinhas que inventamos pra nossa rotina, bregas e lindas. Num jantar preparado com dedicação, numa carona para o trabalho e um punhado de beijos de bom dia, bom trabalho, até mais tarde. Está no cuidado que tem com nossa pequena família, que está só começando. Que nossas últimas cartas de amor se renovem com um novo sms, com um novo cartão e bilhete, dia após dia, daqui a quarenta anos e por toda a eternidade. Que as últimas, nunca sejam as últimas, porque eu serei sempre sua, sempre sua Ana.


De um Desafio Blogueiro e uma apaixonada 
pelo olhar de mar do futuro marido.

6 comentários:

  1. "Talvez, junto com aqueles quatro livros do Nicholas Sparks e aquele cartão de um mês de namoro e bons momentos"

    Eu me lembro bem desse dia, o bom de ser sua amiga é isso, de ter acompanhado essa história linda e ter torcido a cada momento pra ter sempre mais amor e acho que a torcida deu certo né?
    Com certeza ainda vou ler muitas cartas e histórias de vocês aqui!

    Beijos flor

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  2. Esse cara só pode ser um anjo mesmo, porque já não basta mandar carta e ter olhos de mar, tem que se chamar Gabriel. hehehe.
    Então que esse amor dure moça, para muito além da vida.
    E seja feliz, muito feliz.

    Boa tarde, até breve. "_"

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  3. Que lindo o amor de vocês, faz me lembrar do meu... Bom demais achar "A" pessoa que brinca e faz piadas com você até o fim da vida e, melhor ainda, é casar com o seu melhor amigo. Muuitas felicidades!
    Amei seu texto como sempre... Adoro passar por aqui e sentir o clima de romance que você sempre passa.
    Beijinhos!

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  4. O mundo deveria ser obrigatoriamente das apaixonadas. Um documento original e intransferível que daria poderes eternos sobre seus alvos sentimentais por todo o sempre, mas claro, com a recíproca na mesma intensidade.

    Quem consegue celebrar o amor hoje sem se importar em quantas fronteiras irá romper, em quantos exércitos de insegurança irá vencer, é uma coisa que mereceria um outdoor de proporções exageradas - algo como uma imagem reproduzida por todo o deserto e vista de cima pelos habitantes incrédulos do nosso pequeno planeta.

    Se as cartas são de amor, quem não morreria para ser o destinatário?

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  5. Eu vou te dizer uma verdade: eu morri com esse texto. Morri com as verdades escritas nas linhas, morri com esse amor de conto de fadas e me desmanchei com o "seu, sempre seu". Reli incontáveis vezes e suspirei outras mil. LINDO. Palpável. Real.

    Que as cartas continuem sendo trocadas, ainda que com os olhos, Nana. Que o amor seja escrito na rotina - tão doce - de vocês.

    Amo além da conta.

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:)