te dou meu poema sujo,

13:37 Ana Flávia Sousa 6 Comments



Guardei retalhos daqueles meus tecidos coloridos na caixa de poá, depois de brincar tanto de tentar bordar um carinho, um mimo pra você, nosso dia.  Guardei as canetas coloridas, uma por uma no estojo translúcido, guardei a inspiração tão bem que nem me lembro onde, perdi. Guardei, depois tirei cor a cor os lápis e rabisquei letras de garranchos no post-it verde limão, aquele papelzinho que cola feito beijo na parede do peito. Rabisquei meia dúzia de letras amarradinhas de ternura, mas secas de novidade. Virei rotina, escrevo rotina repetidamente num bilhete-cola  pra pregar no espelho, que é pra você ver e sentir amor, mesmo nesses poemas sujos, bilhetes de porta de geladeira que espalho por aí. 



Pro desafio da semana,
da semana passada.
passou, e agora que ficou. 

6 comentários:

  1. Que delicado, Ana! Parece uma canção dessas bonitas, letra e violão!rs...bjo, querida!

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  2. Sensibilidade a flor da pele... muito bom...

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  3. Lindo e delicado! Adorei!
    Se perdeu sua inspiração, você encontrou bem rápido depois, que esse pequeno poema é tão inspirado que passa pra gente uma vontade de sair escrevendo por aí...
    Beijão!

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  4. Seus textos são sensíveis e ainda rústicos se é que me entende rsrs.

    Adorei o blogue e cada palavra aqui exposta.
    Parabéns, você tem um dom!

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  5. Ás vezes, é bom lembrar as pessoas desse tipo de coisa...
    Lembretes,lembretes.
    @blogabs | Blog Emilie Escreve

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:)