as voltas

eu voltei a escrever, de novo. pela enésima vez na vida deste blogue e já não quero enganar a mais ninguém, não sei quanto tempo vai durar, quanto tempo até eu sumir novamente. sei que quando eu preciso, eu volto. e precisei voltar. na verdade eu voltei há dois textos atrás. textos que não publiquei e não sei se vou. mas neste, que não sei por onde começar e muito menos como terminar, gostaria de voltar. voltar colocando um pouquinho da dor pra fora, pra ver se em palavras escritas fica menos difícil de entender. não, entender a gente entende, mas compreender, é que é complicado. mas o tempo ajuda, ele cura a ferida que tá aberta, consola o coração que chora e dia após dia, faz diminuir um pouquinho, mais um pouquinho, só mais um pouquinho a dor que toma conta. mas ainda é um poucão e aff, essa vida que dá umas voltas na gente. mas ainda bem que no nosso sofá cabem três vidas inteiras de amor, pêlos e abraços fortes. quanta gratidão. mas logo a gente volta mais feliz e com um tantão de sorriso por dentro. a gente volta sim. 


não coube, aí vim


Já faz um tempo que não rabisco nenhum bilhete com versinhos ridículos, mas tô aqui ouvindo Teatro Mágico e Anitelli dizendo que se a carta não for ridícula, não é carta de amor, então tá tudo bem eu escrever uma bobaginha agora. Tá tudo bem passar um tempão em hiatus aqui, se quando eu volto trago o amor em tamanho maior ainda do que quando eu fui. Não tá cabendo de novo, aí vim externalizá-lo aqui, pra vocês, pra mim, pra ele.
Tá tudo bem ter passado quase o ano inteiro em silêncio porque foi um ano que começou meio torto, mas foi um torto necessário para que agora ficasse alinhado novamente. Tá alinhado desde junho na verdade. Junho que teve dia dos namorados, aniversário do marido, aniversário de casamento, trabalho novo. Então tá tudo bem.
Tá tudo bem porque a gente tem trabalhado bastante, ele principalmente, mas a nossa casa continua sendo nosso melhor lugar no mundo e a gente lar um do outro, e delezinho. O sofá tá mais confortável, cheio de almofadas coloridas e cabendo três vidas inteiras e todo amor que transborda delas. Tá tudo bem, porque a gente tá cheio de planos e esperanças pra vida e vezenquando a gente tá ali, sentado num barzinho e sonhando juntos. Ou mesmo quando estamos ali na cama, enquanto o sono não vem, em silêncio e sonhando juntos, os três. Tá tudo bem e a cada dia que se inicia e a cada sol das cinco e pouco da tarde no snapchat, tem gratidão, muita gratidão. Tá tudo bem que logo fazemos seis e depois mais seis vezes seis, porque que amor só faz conta de multiplicação.
Fazia tempo que não escrevia essas linhas tortas, mas é como disse, chega uma hora que não cabe mais aqui dentro e preciso vir aqui, rabiscar meia dúzia de palavras, repletas de meu amor por nós dois. Tá sempre tudo bem, porque é no seu coração que o meu descansa, é na sua mão que a minha se enlaça, é no seu sorriso que o meu se motiva e é por admiração ao seu caminho que dou meus pequenos passos e sei exatamente aonde quero ir e com quem quero estar. 


Fazia tempo que não aparecia, mas por ele, pra ele, 
meu coração sempre me trás de volta.

dois pra três

Amanhã é vinte e nove. É quase-quase aniversário daquele dia único que vivemos três anos atrás e que eu tanto já contei por aqui. Engraçado como olhando daqui, onde permanecemos de mãos dadas e corações colados, tudo o que temos vivido pareça do mesmo modo, tão distante e tão perto. Foi ontem que o vestido foi trocado dois dias antes e foi agorinha que desabei em lágrimas no ensaio mas, a gente vive juntos há uma vida inteira também, não é maluco isso? 
Essa semana, tentando organizar um pouco nosso armário, encontrei numa das caixas a contagem regressiva que fiz pra você: um mini calendário rabiscado num post-it cor de rosa para você arrancar um dia por vez e ler todo meu amor e ansiedade, durante cem dias. Faltavam cem e agora, já acumulamos mais de dez centenas de dias, um mais gostoso de viver com você que o outro e em cada um deles, uma casa cheia de amor multiplicado em três: você, eu, um filho peludo, uma horta, buenos aires, rio de janeiro e infinitas tardes de domingo no sofá da sala. 
Dia desses, quando você viajou por um dia e Macgyver estava de férias na casa das vovós, nossa casa ficou enorme e vazia, sobrando tanta falta de vocês, da gente, da nossa rotina tão simples e maravilhosa ao mesmo tempo, que pareceu que eu estava sozinha há semanas. Eu sinto saudades enquanto você ri da minha dramaticidade exagerada e este seu sorriso em especial é o mais lindo de todos os seus sorrisos. 
Faz tempo que queria voltar a escrever, mas que bom que eu encontrei um calendário perdido, que faz dias que estamos gargalhando das palhaçadas um do outro, que Macgyver voltou, que sobra amor e motivos pra dizer pra você, o quanto eu sou mais feliz desde vinte e nove de junho de dois mil e treze e que é uma honra enorme ser a sua esposa. 
Da sua, sempre sua, Ana

tem foto mais cheia de amor? ♥