Menina que me fez, menina
Menina que não roubava livros, mas os conhecia dia após dia na biblioteca pública da cidade, pequena, todas três.
Menina que nasceu logo antes de um golpe e mais nova de onze, dormiu tempo demais em caixa de sapato, miúda, cabia inteira.
Menina delicada de corpo e de alma, nariz em pé e rodopios ao redor de uma casa hoje amarela(da), três vezes maior e infinitas vezes mais vazia.
Menina grande de sonhos, aprendeu o mundo para ensiná-lo depois, adulta e eterna criança, para sempre aluna.
Menina que teve outras duas, tímida e braba, olhos verdes e castanhos, pra voltar a brincar, pra brincar como nunca pode.
Menina que teve outras duas e pras três, colecionava bonecas que nunca teve, só sonhos.
Menina de cinquenta e pouco, de coração e amor que não cabem em si, transborda.
Menina, minha. Sou sua, é nossa, inteira e maravilhosa, mãe.
De um final de semana de grude,
e de amor e agora, saudade
Que lindo Nana, muito amor esse texto.
ResponderExcluirBeijos
Quanto amor que transborda aqui ♥
ResponderExcluirlindo lindo, Nana.
Ai, me emocionei! Que coisa linda.
ResponderExcluirPor motivos óbvios, fiquei boba com essa parte: "rodopios ao redor de uma casa hoje amarela(da)"
Rodopios <3
Beijos
Que texto lindo *_*
ResponderExcluirQue texto mais lindo! Amei <3
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