te escrevo, de novo

15:09 Ana Flávia Sousa 19 Comments

Dias atrás você me perguntou se continuo escrevendo e disse que não, que muito pouco. Mas acontece que todos os dias, a cada minuto, rabisco um texto diferente na minha mente pra endereçar a você, à nós, ao futuro que chega atropelando esse presente, tão presente de nossas vidas. 

Escrevo, mesmo que você não leia mais, ou leia só de vez em quando, porque as vezes o amor não cabe no peito e precisa ser extravasado através dos dedos nervosos e impresso nesta tela de computador. Escrevo à mão ainda também, não sabe? Rascunhos e mais rascunhos perdidos em meio a tantos papéis de assuntos sérios.  Escrevo, escrevo, escrevo pra ver se sai alguma poesiazinha que seja pra salvar a humanidade e esqueço, com a mesmíssima velocidade. Escrevo e não escrevo o que é preciso, a monografia fica ali, aberta na tela e implorando por mais letras e frases coesas: nada.

Dias atrás você me perguntou se continuo escrevendo e digo que sim, porque mentalmente te escrevo e te descrevo traço por traço apenas por te olhar dormindo, como um anjo, do meu lado. E te escreverei eternamente nos meus olhos, que é pra guardar esta nossa história que de tão bonita e sincera, não se finda mais, jamais. Porque desde o comecinho, você me dizia aqueles versos de Drummond que "as coisas findas, muito mais que lindas, estas ficarão."
e te escreverei enquanto meus
dedos me permitirem, 
até ficar bem velhinha ao teu lado. 

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:)

#vaitercopasim

12:31 Ana Flávia Sousa 17 Comments

Na verdade, já tá tendo Copapracaramba e pra entrar no clima, resolvi fazer a blogagem coletiva do Rotaroots do mês, que tem muito a ver com esse momento patriota que o país (ou, parte dele) está vivendo.
Tá tendo tanta Copa que, como diria a Anna, se brincar nem vai sobrar Copa pra Rússia em 2018 e Belo Horizonte, assim como várias cidades-sede está abarrotada de turistas e bandeiras e buzinaços e apitos e gritos de gol. Sendo assim, vou listar as brasilidades/mineirices não-clichês para mostrar pra essa gringaiada toda, afinal, nós mineiros somos famosos pela receptividade (salvo excessões, infelizmente).
Assim, gostaria de poder mostrar para esse mundo de visitantes (nunca vi essa cidade tão cheia e colorida e tirando o trânsito, bonita):

O Pão de Queijo Mineiro: Não se enganem, não é qualquer pão de queijo que você come por aí queridinha! O  pãozin de queijo aqui de Minas realmente é feito de queijo e muito queijo, diga-se de passagem. Geralmente, todas as mulheres crescem e aprendem a receita com a mãe ou com a avó (lá em casa é a minha irmã mais nova quem sabe fazer) e nos finais de semana sempre tem - quem tem sorte, durante a semana também - cheirinho dessa delícia assando no forno, pra acompanhar o cafézin. Pão de queijo é vida, é amor. Mas não se enganem, quanto mais pintadinho o pão de queijo, mais queijo ele deve ter na massa, então, sem preconceito com os sardentinhos.

Quentão: Como estamos em junho, os gringos podem aproveitar das delícias das festas juninas que acontecem pra tudo que é lado  e com isso, experimentar o famoso quentão. Tudo bem que eles devem estar morrendo de calor aqui no Brasil, mas que experimentem o quentão pra esquentar o clima, antes dos jogos. Pra dar mais fôlego. hahaha. Pra quem não sabe, quentão é uma bebida servida muito quente - dã, chama quentão - a base de cachaça. Que a cachaça seja mineira também, que é a melhor. 

Arraial de Belô: Ainda no clima de Festa Junina, levaria ozamigo gringos pra conhecer o tradicional Arraiá da capital mineira, onde vários grupos de quadrilhas locais se apresentam na Praça da Estação e concorrem à premiações. É praticamente o Carnaval do Rio de Janeiro, só que é Minas e em junho. Tem grupo especial, grupo de acesso e tudo o mais. E vamos combinar que dançar quadrilha é muito divertido. Este ano começará dia 17 de julho, pra quem se interessar.


Botecos: Belo Horizonte é a capital dos botecos, isso todo mundo sabe: "já que Minas não tem mar, eu vou pro bar." e em tempos de Copa do Mundo, o que não pode faltar apresentar aos visitantes são os botecos. Podem escolher, tem pra todo gosto e pra todo bolso, do Centro à Savassi, cada um melhor e mais divertido que o outro. Torcedor, quando tua seleção não for jogar no Mineirão, arrume um boteco, sente-se nas mesas da calçada e vá ser feliz assistindo ela perder pro Brasil lá. (na melhor das hipóteses). ;)

O Hino Nacional: Sério gente, o que é esse hino do Brasil? Me emociono TODA vez que ouço, desde quando toda quinta-feira éramos obrigados a cantá-lo na escola. Pode ser jogo de vôlei ou de futebol, o negócio é que meus olhos enchem de água assim que começa: "Ouviram do Ipiranga as margens plácidas...". E quando é jogo oficial de seleção, a emoção só aumenta quando a torcida continua a cantar com tanta paixão e fé no país, o hino dessa nação. Tudo bem que a situação do país não é das melhores, tudo bem que estádios não são hospitais e escolas, mas sem essa fé no hino, no pais, nossa Pátria Amada Brasil, estaria muito pior. Que em outubro cantemos esse hino na hora de apertar aqueles botões. E que não percamos esta fé, porque o Brasil é sim, um país incrível e se não quer viver aqui, vai embora ou comece mudando a você mesmo, porque de um em um, a gente muda o mundo. A tal da esperança é a última que morre mesmo. 

O Mineirês: Sim, porque tá tendo Copa pra mais de metro aqui em Belô, uai. Vem cá amigo gringo, vô te ensinar a usar o transporte coletivo sem perder tempo, : Chegue no pondions e pergunte pro coleguinha do lado se esseonspasnasavass - caso esteja hospedado por ali, o que é muito provável já que trabalho ali e é dia e noite um auê danado de bão. O mineirês é a coimailindomundo e cêvaivê, as mineiras vão ficar apaixonadinhas comcê. Perde tempo não bobo. Então tá, tchau procê.

Gringos: Voltem sempre!






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:)

sobre livros, pois é.

11:55 Ana Flávia Sousa 15 Comments

Eu gosto de livros e se você também gosta, provavelmente será o único assunto que moverá uma conversa entre a gente. Se você não gosta, provavelmente tentarei te convencer do contrário e nossa conversa será apenas sobre isso também. 
O novo Pra Todo Dia não mais ficará anos sem produzir um post sequer (Aleluia) e vezenquando, aparecerão umas tags legais aqui. (oba!). A TAG de hoje, chama Palavras Cruzadas, e foi criada pela Inês, mas eu vi no blog da Analu e depois pedi pelamordeDeus pra poder fazer aqui preguntei se podia responder, porque ela não tinha me indicado. Vi também no blog da Del e no da Anna, corrão lá. 
São quinze tópicos a serem respondidos e muitos demorei dias pensando a respeito, foi difícil lembrar e escolher apenas um para todos os tópicos.

1) Vox Populi (um livro para recomendar a toda gente):

Adquiri certo receio em recomendar livros às pessoas. Primeiro, porque eu me apaixono por livros demais por aí, de estilos diferentes. Segundo, porque nem sempre o livro vai tocar a outra pessoa da mesma maneira como me tocou. Já recomendei e presenteei “O Pequeno Príncipe” para amigas. Uma amou, a outra nemtantoassim. Aí fica difícil saber se eu sei mesmo, recomendar um livro.
Pois bem, ano passado li um livro incrível que já apareceu aqui inclusive, chamado Julieta. Nunca havia ouvido falar de Anne Fortier, mas estava na lista dos desejados e acabei ganhando de presente de aniversário da Maria Fernanda e já nas primeiras páginas, o livro havia me ganhado. Recomendo porque:
1. Tem os Romeo's. ♥ E só por isso o livro já valeria a pena. 
2. É um romance atual e um romance histórico, já que conta a história da Julieta dos tempos atuais e a Giulietta de 1300.
3. Tem suspense. Tem um caso de assassinato não desvendado.
4. É uma aventura: você não quer parar de ler porque a próxima página pode acontecer algo que vai mudar o rumo de tudo.

2) Maldito plágio (o livro que gostaríamos de ter escrito):

Todo Garoto Tem. Por um único motivo: A tia Meg provavelmente deve ter tido que ir à Itália para criar todo aquele cenário da viagem pro casamento da Hooly e do Mark e meu sonho é fazer uma super viagem de carro e ir conhecendo todas as cidades da Itália e os vinhedos e os castelos com o marido.

3) Não vale a pena abater árvores por causa disso:

Budapeste. Sim Chico meu amado Buarque. Dessa vez sua história não me pegou. Pior, não me fez sentir nada, nem raiva, nem amor. Eu não entendi o que você queria com aquela história e se alguém entendeu, por favor, me conte. Era melhor ter escrito outra música maravilhosa do que abater árvores por isso.

4) Não és tu, sou eu (um livro bom, lido na altura errada):

O Amor nos Tempos do Cólera. Sim, é Garcia Marquez. Sim, o mundo inteiro ama este livro. O problema foi que o peguei pra ler na época que estava prestando vestibular e minha cabeça não estava muito boa pra qualquer leitura. Peguei emprestado e devolvi ser chegar na metade e não lembro de nada que eu li. Espero que a altura certa chegue e eu consiga ler.

5) Eu tentei... (um livro que tentamos ler, mas não conseguimos):

Nárnia
Estou tentando te ler há quase cinco anos e, apesar de minhas amigas te idolatrarem, está difícil terminar a leitura. Acho que faltam uns três livros pra acabar com isso.
Sim, eu amo a Lúcia, mas poxa vida, acho que li na altura errada da vida. Deveria ter lido aos treze anos, ao invés de ler Anne Frank. (Não, não devia). Eu tentei e vou continuar tentando. Página 515 já...

6) Hã? (um livro que lemos e não percebemos nada OU um livro com final surpreendente):

Depois da escuridão, do Sidney Sheldon. O livro é ótimo, pra começo de conversa, te envolve de uma maneira que deixar a leitura pra mais tarde é impossível. A história é construída de uma maneira que faz a gente acreditar que já desvendou todos os mistérios do livro, até que: hã?. A gente solta um palavrão e fica sem acreditar que na verdade, tudo que a gente imaginou, foi por água abaixo. Na verdade, era o contrário daquilo. É DEMAIS este livro. 

7) Foi tão bom, não foi? (um livro que devoramos):

Descobri Sociedade Secreta graças à Pam, do Garota It, mas os livros são carérrimos e em época de submarino, pagar mais de $15 num livro é suicídio gente. Daí, comecei a ler em pdf e o livro me engoliu, comeu com angu, quiabo e farofa. A Amy é divertidíssima e você não quer parar. Comecei a ler em meio a monografia, pra me distrair e quando vi, já estava lendo o segundo da série, que por sinal fui obrigada a parar, pelo mesmo motivo citado acima: monografia. O mal da monografia. (Mas agora passei pro décimo (e último) período e tô de férias e vou terminar a série. E Nárnia).

8) Entre livros e tachos (uma personagem que gostaríamos que cozinhasse para nós):

Não é bem um personagem, mas nos livros de Percy Jackson e dos Heróis do Olimpo, há uma certa magia ali dos deuses, que tudo que cada meio-sangue gosta e quer comer, aparece na frente dele na hora da refeição. Quem não iria querer passar uma temporada lá no Acampamento Meio-Sangue só pra comer tudo que quisesse? (Falou meu lado baleia.)

9) Fast forward (um livro que poderia ter menos páginas que não se perdia nada):

Recentemente li O Jogo do Anjo, do Záfon e achei muitas páginas desnecessárias, sério. Achei uma volta enorme na história que não me explicou nada e continuo sem entender nada. Dizem que em O Prisioneiro do Céu a gente compreende O Jogo, e espero que sim. Mas sim, acho que umas páginas a menos não faria diferença nenhuma ali, acabaria mais cedo com a minha agonia. 

10) Às cegas (um livro que escolheríamos só por causa do título):

Aqui em Belo Horizonte tem várias lojas da livraria Leitura e e por azar sorte, quando me mudei pra cá, estudava em frente a uma.  Amor em Minúscula foi encontrado na banca da livraria destinada aos livros em promoção. Paguei $10 dilmas naquele exemplar com um gatinho na capa e com esse nome delicado e me apaixonei pela história, pela solidão do personagem e por seu desenvolvimento ao longo da história e, tudo, graças à chegada de um gatinho à vida dele. É fofo e lindo.

11) O que vale é o interior (um livro bom com a capa feia):

A minha edição de Orgulho e Preconceito gente, o que é aquilo? É uma edição de bolso com uma capa mole e com uma ilustração que parece pintura mal feita. Sério, preciso de uma edição novinha para guardar meu Sr. Darcy à altura. Aquela da Penguim é uma boa escolha, se alguém quiser me presentear e talicoisa. :p
E se o livro é bom? O melhor, apenas.      
12) Rir é o melhor remédio (um livro que nos tenha feito rir):
Eu poderia dizer que os livros que mais  me fizeram rir na vida foram os da Meg Cabot e que Megeuteamo eu só descobri isso ano passado- porque até então só havia lido a série A Mediadora (e Jesse, o fantasma de abdômen sarado )- mas não direi. 
O Projeto Rosie e seu maravilhoso Dom, com toda sua metodologia e seu aprendizado de dança e sexo em livros e esqueletos, ganhou meu coração todinho. Toda a evolução da personagem foi contada de uma maneira tão leve e engraçada, que conseguiu me arrancar enormes gargalhadas,  principalmente quando estava na aula ou no horário de almoço e não podia gargalhar. Sem falar que a capa do livro é muito amor nessa vida, gente.


13) Tragam-me os Kleenex, faz favor (um livro que nos tenha feito chorar):

O menino do Pijama Listrado. Este poderia entrar no item livro que devoramos, porque o li numa sentada, mas gente, a inocência do Bruno em relação à amizade com Shmuel e o trabalho do pai diante dos judeus, é chorável demais. E aquele final gente, pfvr, tragam muitos lenços porque foi demais pro meu coração de manteiga. 

14) Esse livro tem um V de volta (um livro que não emprestaríamos a ninguém):

Todos. (oi?) A maioria dos meus livros eu só empresto para quem:
1. For extremamente cuidadoso.
2. Realmente vai ler.
Quantas vezes a gente empresta um livro e o amigo fica passeando com ele na bolsa - leia-se: "amassando ele na bolsa" -  e não lê?  Se é pra amassar, que seja lendo, pelo menos, uai. 
Mas acho que um que não emprestaria a ninguém, ninguém o "10 años de Mafalda", que o marido lindo me deu na lua de mel, em Buenos Aires.  É em espanhol e é da Mafalda gente, pfvr. 

(Agora poderia acrescentar também a edição maravilhosalindafofa da Mary Poppins, da Cosac Naify ilustrada pelo deuso Ronaldo Fraga, que li essa semana. Joguem no Gúgou  ou cliquem  no link para verem e babarem, é demais)

15) Espera aí que eu já te atendo (um livro ou autor que estamos constantemente a adiar):

Dom Casmurro. Sim. Machadinho. 
Acho que li quando era mais nova, mas não lembro de nada - ou quase nada e ano passado ganhei ele, numa edição antigássa, de capa dura e folhas amarronzadas - porque de amareladas, já passou um bocado. Tô adiando porque sempre tem um  na frente. Mas vou fazer aquele tal do potinho de sorteio pra eu parar de escolher tanto na hora de ler e finalmente, dar uma chance ao Machadinho. 

Até porque, troquei no sebo Helena   - porque terei uma filha com este nome lindo, sim senhor Gabriel, Amém. - e preciso lê-lo também. 


É isso! Amei responder essa TAG 
e vou indicar  pra Lulu, pra Fê ,
pra Magada e pra Babi. (Ufa!) 
E quem não indiquei e quiser fazer, 
só dar os créditos pra Inês. :D 

Beijo :*

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:)

junho,

11:01 Ana Flávia Sousa 11 Comments

Junho e uma bagagem transbordando comemorações. (Como se precisássemos de datas específicas). Junho chegou e correndo atrás dele vem: dia dos namorados, aniversário do marido e aniversário de casamento. As mais importantes datas do ano, do nosso ano construído diariamente e você se encontra naquele poço profundo da falta de criatividade. Sempre tem aquela história de que as datas são criados pelo capitalismo, para o capitalismo e nada mais, mas você sabe e eu sei que comemoramos nosso amor e nosso relacionamento diariamente, mas, se há datas bonitas salpicando ternura por aí, quero sim, te afirmar que te amo, te quero bem e pra sempre.
De criativa, não tenho nem o andado mais. Já não sei como ser diferente e te surpreender, já que você é quem sempre tempera nossas vidas de coisas e sabores novos e deliciosos. Até teu omelete tem amor na receita! E o seu cuidado diário com a hortinha e a esposa e o cachorro. Deveria haver nessa vida aqueles potes dos desejos, pra que você pudesse fazer o pedido que quisesse e eu prontamente, poderia atender. Já te disse diversas vezes que se eu pudesse, o mundo te daria. Um mundo sem maldade e de muitos sorrisos pra você amor, porque quando você sorri, o mundo inteiro para pra te admirar. Mas aceita esses parágrafos miúdos que me restam, em sinal de gratidão.
Junho e ainda mais motivos pra ter vinho e comida gostosa e dancinha desajeitada em casa! "Junho": é até sonoramente bonito de falar. Junho, esse mês que te trouxe nos braços e te trouxe pra mim, pra sempre. Junho, feliz você! Feliz eu, por acordar todos os dias do teu lado e confirmar: sou a mulher mais feliz desse mundo.


Pro amor da vida inteira. 
(como sempre)

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02 de junho

18:17 Ana Flávia Sousa 19 Comments

'E no meio de tanta gente encontrei você, entre tanta gente chata sem nenhuma graça,

você veio.' ♫♪



Dia 02 de junho, acredito, existe para serem das estrelas, as mais brilhantes. 
Há sete anos, VóDete foi morar na casa que Vovô construiu no céu, naquela nuvem mais fofinha sabe? Aquela que sempre fica branquinha em dias de chuva? Ela se foi pra olhar pela gente lá de cima, virou anjo de asas - porque sem, ela já era. Não é preciso falar dela todos os dias pra saber que ela ficou cá dentro, guardadinha, guardadinha. Não é preciso gritar ou chorar aos quatro cantos do mundo a dor de perder alguém pra sentir ela todinha por dentro. Mas depois - bem depois mesmo - a dor vira dorzinha e depois saudade. Não é preciso escrever tanto pra que ela saiba que ainda vive nos meus dias - apesar de escrever assim mesmo. Não é preciso ter a conhecido para admirá-la. Não é preciso de uma data para lembrá-la, mas hoje, lembro mais. 

E lembro mais agora, por entender que Deus tem sempre um propósito pra tudo e que toda data magoada, pode com o tempo, ter um motivo alegre para lembrá-la. 

Há 27 anos, nasceu aquela que até hoje, não abraçaria pessoalmente, mas que mentalmente, me acarinha dia após dia. 

Eu também não precisaria ficar escrevendo sobre ela nem nada, porque tudo, tudinho, ela sabe e sente comigo. Mas acontece, que guardei uma velha mania infantil de escrever para os amigos queridos e vou fazê-lo assim mesmo. Não só porque ela sempre tem uma palavra de carinho e cuidado com a "pequena" dela e nem por toda vez que tô jururu com esse blog ela vir com uma roupa nova toda linda pra me animar. Não é também por ter colocado dois dos melhores amigos (Bjs Lulu, Bjs Ton) que poderia querer na minha vida, graças à um blog totalmente falido, nem por sonhar todos os sonhos malucos comigo. 

Eu não precisaria escrever nada pra ela no aniversário, porque todos os dias eu desejo flores e sorrisos para os seus dias, e oro pela vida dela. Eu não precisaria, mas escrevo porque ela é uma das melhores coisas que esse blog já me trouxe e, mesmo  que as oportunidades de nos encontrar pessoalmente tenham sido falhas, sei que o nosso dia está próximo e  loguinho, ela me dará aquele 'upa' que tanto fala. 

Escrevo porque ela me cuida com um cuidado de irmã mais velha, e me chama de Little Sis com um carinho imenso e embarca em todas as minhas ideias malucas. Ela é tão incrível,  que de tanto eu repetir incansavelmente que os textos dela para o amigo eram os mais lindos, ela resolveu estrear como escritora justamente publicando meus textos favoritos. (não que tenha sido por mim, foi por ela e pelo amigo e pela saudade, mas foi uma ideia maluca partida de uma intimidade imensa). Como se não bastasse, me convidou pra escrever a orelha do livro, confiou a responsabilidade a mim, que não sei nem juntar ca com sa direito nessa vida. 

Escrevo porque Deus colocou uma pessoa incrível demais na minha vida pra me permitir achar o dia 02/06 bonito novamente. Escrevo porque tem dedo da Vovó  nisso tudo. Aposto que com o Vovô dela, lá em cima, confabularam tudo isso. Escrevo porque as vezes, ela tá mais perto que o perto mesmo sabe?

Escrevo ainda, porque amizade anda tão raridade ultimamente e colocar a dor no bolso pra cuidar do outro é complicado, mas ela o faz. Todos os dias se preciso. Tô escrevendo, porque ela quis participar de tudo do meu  casamento e sonhar comigo e me permitiu que sonhasse o dia dela também. E me achou a noiva mais linda do mundo. E eu a achei a noiva mais linda do universo. Esteve bem perto, mesmo longe. 

Escrevo porque ela aprendeu a dizer 'lindimais'.

Escrevo porque o amar os dentes de leões da vida, nos uniu. Escrevo pra gente assoprar um, um dia, juntas. Escrevo porque ela recuperou, sem nem saber, meu apelido carinhoso de infância, Nana.

Escrevo porque ela já escreveu pra mim, e nem era aniversário. Escrevo porque ela é minha outra irmã Maria. Escrevo porque quando tô doente, manda eu tomar vitamina C e me cuidar. Escrevo porque me deu dois dos meus livros favoritos na vida. Escrevo sim, porque as vezes bate um ciuminho. Escrevo porque ela  me apresentou o McDreamy.

Escrevo pra dizer que teu dia é hoje e amanhã e depois, depois, depois. E que todo dia desejarei coisas lindas pra sua vida!

Escrevo pra te pedir que a gente não se perca, nunca.

Feliz teu dia, Big Sis. Você é lindimais da conta.



Porque fazer aniversário não basta,
 a amiga tem que ser viada e fazer post-fofo
Te lóve Maria.

E Vó, te amo mais que amei ontem. 

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:)