rima nossa,

01:23 Ana Flávia Sousa 7 Comments

    Aquele teu fio de cabelo fora do lugar, faísca da delicadeza imensa nascida do seu olhar, de mar - que não canso de falar. Essa imensidão verde que carrega com cuidado dentro das pálpebras, aonde navega meus sonhos em barcos de papel de seda.
    Aquele encaixe de pernas e mãos e cabelos esparramados num sofá de ternura e pôr-do-sol amarelando o chão da sala, saudade de aconchego que nasce antes de terminar. E esse relógio que corre contra o tempo e contra nossa vontade de eterno domingo, eterno eu e você, ever.
    Aquele teu beijo terno que quanto toca minha face faz surgir novas e brilhantes estrelas no céu, da minha boca. E essas nossas conversas no silêncio de qualquer caminho, no infinito do carinho nas mãos, do sinal vermelho, que é verde para beijos e cafunés no coração.
    Aquela minha velha mania de achar que tudo que nos cerca pode virar poesia num papel de bala qualquer da vida. Essa mania de escrever sem nem ao menos saber rimar, eu e você com amar.
    Aquela rima que lá no fundo é só nossa e nasceu mais bonita que bossa-nova...
...e rimou 
...e amou 
...e casou.

7 comentários:

:)