ser leve,
. pra embalar: Jack Johnson e os macaquinhos mais fofos do mundo. ;)
Da janela da mesa de trabalho, fico observando as árvores ali da rua de nome de estado brasileiro e o vento brincando de dança com as suas folhas, uma a uma, que caem amareladas e tímidas no asfalto de mais de trinta graus, aí, de repente me bate uma vontade de leveza, de dente-de-leão, de virar sopro, poesia pura. Pudera eu, viver assim o tempo todo, assistindo dança bonita, sentindo o vento se enroscando pelas ondas douradas dos cabelos longos e feito música que embala sonhos, f-l-u-t-u-a-r caminho a fora, sem esse disse-me-disse de cidade grande.
Da janela, vejo um pedaço de céu que em tarde de sol a pino me parece mais um bordado, com essas nuvens aqui e acolá salpicadas nesta imensidão azul. Mais parece algodão, colchão pra sonhar e ler tudo que é história bonita lá de cima, feito borboleta multicolorida. Quisera eu ser passarinho, ter o dom de cantar, encantar, bailar com o vento... voar. Quisera eu ser vento, brisa, ser pluma... ser melodia que se ouve em silêncio, tirar tudo que é pesado do bolso e ser leve, e só. Quisera eu ser dente-de-leão, voar de cabeça pra baixo e mais nada.
Um amontoado de palavras
e sentido algum.
Urgência sufocante de brisa,
de vento.
Realidade demais pra tanto sonho.
19 comentários:
:)