te dou meu poema sujo,
Guardei retalhos daqueles meus tecidos coloridos na caixa de poá, depois de brincar tanto de tentar bordar um carinho, um mimo pra você, nosso dia. Guardei as canetas coloridas, uma por uma no estojo translúcido, guardei a inspiração tão bem que nem me lembro onde, perdi. Guardei, depois tirei cor a cor os lápis e rabisquei letras de garranchos no post-it verde limão, aquele papelzinho que cola feito beijo na parede do peito. Rabisquei meia dúzia de letras amarradinhas de ternura, mas secas de novidade. Virei rotina, escrevo rotina repetidamente num bilhete-cola pra pregar no espelho, que é pra você ver e sentir amor, mesmo nesses poemas sujos, bilhetes de porta de geladeira que espalho por aí.
Pro desafio da semana,
da semana passada.
passou, e agora que ficou.
da semana passada.
passou, e agora que ficou.
6 comentários:
:)