bailarina, saudade de chumbo.
Da bailarina que nunca foi, da sutileza que já se foi, da dança bonita, menina bordada de renda, de flor que voa, sabe qual é? Do laço de fita assoprado no ar, poesia infinita. É essa falta Seu Soldado, de chumbo, que prende ao chão, feito pedra, é ela que rouba essa leveza toda e impede de sair bailando feito brisa pela janela, borboleta a voar. Ah Seu Soldado, esse chumbo que prende ao chão, toma como teu e fica firme no coração, no colchão, deixa que a bailarina assopre uma oração, canção de ficar juntinho pra cobrir a saudade de carinho e se perder no teu peito, doce de tanta afeição. Redenção. Condição é fazer cafuné, bailarina passos de balé pro soldado de olhos de mar, de beijos de chuva, pra cuidar da leveza que é amar. Flutuar de amor menina, só assim que há de ser, bailarina.
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:)