casulo,

17:39 Ana Flávia Sousa 5 Comments


Traga toda a tua prenda, traga tudo que for, que eu trago a poesia, pra esconder nossa dor



Quando um sorriso me apareceu na face,  se formou em seus olhos uma imagem que o deixara perturbado. Além de ser uma das mais simples que já vira, passou a ser de uma complexidade que o confundiu tanto que fez com que as palavras falassem através das mãos, que incansavelmente digitavam  em algum lugar da grande cidade, esperando que eu as lesse e acreditasse que tudo aquilo era real.  Mesmo que a conversa tenha sido virtual, sentia as palavras chegarem como se estivessem sido ditas ao pé do ouvido... Ele me disse que adorava me olhar e me admirar,e aqui sem ele poder ver, fiquei vermelha. Acrescentou ainda, que guarda consigo cada detalhe meu, detalhes tão pequenos que as vezes nem eu mesma os percebo. Frases que enchem o Ego de qualquer mulher, mas julgo que não foi apenas para isso que ele me dizia tudo aquilo, pois ele mesmo afirmou que as palavras estavam vindas de dentro, daquele lugar quentinho que costuma bater várias vezes a cada minuto. Disse que apenas fechara os olhos e deixara os sentimentos falarem por si sós,e que eu não precisava ficar sem jeito, pois não era esta a sua intenção. Me chamou a atenção quando ele me disse que a tristeza não combinava em nada comigo, e que ela não merecia habitar um coração tão bom, humano e puro como o que trago no peito. Talvez seja mais um estímulo para que o respeito vigore entre nós dois, acima de tudo! Naquele momento eu não disse, mas tive vontade de afirmar que batalharia junto com ele para que os momentos bons e intensos não sejam  exceção, e sim regra. Gostaria de ter lhe falado que ele me agradou quando ele disse que assim como  não é meu feitio viver de migalhas, não é o dele também e, eu não seria apenas mais uma aventura deste verão, romance de férias ou um troféu empoeirado na estante. Seu medo de me assustar e sua vontade de me respeitar, me encantou tanto quanto o meu sorriso o cativou. Eu poderia ter lhe falado  que ele também me fazia bem, e que por mais confuso que seja o caminho, ele está na direção certa. Mas não disse, fiquei em silêncio enquanto ele se expressava e se abria pra mim. Não disse, talvez por proteção, medo, vergonha, não sei. Não disse, mas como o combinado farei o possível para não me fechar completamente, para deixar pistas para que ele encontre o caminho rumo ao meu coração, que no momento, está envolto num casulo que eu mesma criei, pra protegê-lo, da dor, da alegria, de tudo e todos. Depois que nos despedimos, e antes de embarcar no mundo dos sonhos cheirosos, pensei que se ele conseguisse encontrar o caminho procurado e rompesse algumas barreiras, ele mereceria a borboleta que escondi no casulo. 





Ana Flávia Sousa Silva 








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temperando,

01:50 Ana Flávia Sousa 5 Comments

E o tanto que eu vou salvar... Das conversas sem pressa, das mais bonitas mentiras! 



 Eu disse pra ele que minha amiga marcada pelo sofrimento de um orgulho ferido cansou e foi sonhar... Com o mundo aonde o principe dela reconhecerá tudo o que ela fez pelo amor dos dois... e amanhã acordará com o mesmo vazio, a mesma dor... e eu estarei aqui, mais uma vez pra segurar sua mão! 
E ele me responde com uma vontade de dividir pensamentos guardados, que  estranho seria se eu dissesse que ela despertou para a vida ! Que normalmente temos o hábito de investir em utopias, em sonhar com um mundo ideal! É mais fácil que encarar o desafio do recomeço, da dor, da aflição, do coração partido, ao qual não há de restar outra opção senão a tão falada mudança, e que apesar de não entrar em nossas cabeças, nestes momentos, é a opção racional para nos reencontrarmos! 
E disse mais, que não damos ouvidos aos que já passaram por situações similares, porque achamos que a nossa é diferente - quando na realidade não é! Preferimos, mesmo com tantos avisos, tentar do nosso jeito, pois achamos que ninguém tem a fórmula correta, quando na verdade deveríamos dar ouvidos à experiência dos mais vividos - e nem sempre mais velhos-  mas a vida é assim ! Teimamos em bater a cabeça na parede  e mesmo assim, muitas vezes, voltamos a dar cabeçadas. Até que um dia, finalmente você se descobre e vê que aquilo não pode continuar daquele jeito. Que você tem que mudar! Você chega a sentir vergonha ao reconhecer que tudo aquilo que lhe disseram era verdade e que você  não evitou somente por teimosia, assim como não deu ouvidos às pessoas que realmente lhe amam,  perdendo seu tempo com outras, que um dia disseram lhe amar, então você passa a duvidar da pureza e sinceridade daquelas palavras - talvez ditas ao vento!
E eu só soube dizer afinal: Isso vai virar um post! E virou. Assim, sem planos, sem mais, nem menos. Não sei mais, só sei que foi assim, natural... como tudo!

Ana Flávia Sousa Silva, 
e o tempero de Gabriel Castro.


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Malas prontas

00:24 Ana Flávia Sousa 0 Comments

nossa casinha pequena parece vazia sem o teu balé. 



" As malas estavam quase prontas. Não havia muita coisa, pensou, pois vendera a maior parte do que adquirira desde que se mudara para Charleston. Viajar com pouca bagagem simplificava tudo. Além disso, ela aprendera desde cedo que nunca, mas nunca mesmo, devia se afeiçoar a qualquer coisa que lhe pudesse ser tirada.
Ela se levantou, lavou a xícara, enxugou, envolveu com jornal e guardou na pequena caixa de utensílios domésticos que pensou ser a mais prática para levar. Pela janela por cima da pia, olhou para os fundos da casa.
O pequeno pátio fora varrido e lavado. Deixaria os vasos com as verbenas e as petúnias brancas para os novos proprietários. Torcia para que cuidassem bem do jardim; mas, se quisessem se desfazer de tudo, a casa lhes pertencia para fazerem o que bem entendessem.
Ela havia deixado sua marca ali. Os próximos donos poderiam pintar e colocar papel de parede, ladrilhos, carpete, mas o que Tory fizera não desapareceria. Estaria sempre por baixo do resto.
Não se podia apagar o passado, nem matá-lo ou desejar que não existisse. Também não se podia relevar o presente ou mudar o que estava para acontecer. Todos eram prisioneiros desse ciclo do tempo, sempre contornando os dias passados. Às vezes esses dias eram bastante fortes e determinados a arrastar a pessoa de volta, por mais que tentasse resistir. 
Mas seria possível que sua depressão se tornasse ainda maior?, pensou Tory, suspirando.
Ela fechou a caixa, suspendeu-a para levar até o carro e saiu da cozinha sem olhar para trás. "

Nora Roberts _  Lua de Sangue


Este trecho foi tirado do livro que estou devorando no momento:  Lua de Sangue. 
Foi um dos vários fragmentos da obra de Nora que em tão poucas páginas lidas,fixei na memória!
Há pouco tempo consegui ir embora da casa em que estava guardado todos os momentos mágicos da minha vida! Estou de malas prontas! Em algum lugar do mundo, sei que existe uma casinha vazia, também guardando a história de quem lá viveu, e eu e meu espírito de arquiteta e amante da arte, farei com que esta seja a casa mais aconchegante que já existiu. 
Chegarei com meus medos, malícias, sonhos, planos, cobertor, sapos de pelúcia, livros e passado. Chegarei aos pouquinhos, ou quem sabe de supetão?! Dependerá em qual extremo eu estiver, ou qual deles for atiçado! No lar antigo, deixei as lembranças boas (as ruins foram jogadas no lixo), os momentos inesquecíveis e uma gratidão imensa. Para os novos proprietários, deixei um desejo de felicidade e intensos momentos bons! Para a nova casa, levarei a mim! Inteira! Insana. Inconstante. Inspirada. Impulsiva. Impossível. Inquieta. Impaciente. Incontrolável. 

Ana Flávia Sousa Silva

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ex.tre.mi.da.de.

21:27 Ana Flávia Sousa 4 Comments

Pois traga um colchão aqui pra sala.
Por que é que não se junta tudo numa coisa só?  




Se tem uma palavra que me descreve, é intensidade e suas variações. É de corpo e alma que me jogo num determinado momento, e fico totalmente de fora, apenas observando em outras circunstâncias. Se está frio, acredite, estou congelando. Se é o sol brilha e queima lá em cima, eu já não existo depois de um tempo exposta, derreti, sou de açúcar. Se algo ficou mal entendido, a tempestade é feita num copo d'água. Se um sorriso tu conseguiu me roubar, além de o escutar aparecendo timidamente no canto da minha boca, tu ouvirá minhas gargalhadas escandalosas, pois pra que ser feliz só pela metade!? E se estou triste; estou magoada, despedaçada, derrotada, em depressão profunda. Saio pra jantar se estou com fome, pois a fome é de quem ficou um mês em jejum,  e há muito não descia nada até o estômago. Em minha geladeira a água é a rainha,  porque a sede é de quem atravessou o deserto do Atacama por dias a fio. O mais ou menos é que mata. Meio termo não sai do lugar. O morno não me queima a pele, e nem me causa calafrios e arrepios. Não me causa reação alguma. O extremo é emocionante. Interessante. Como é ser meio feliz? É ser triste. E meio bonito? É ser feio. Meio simpático? É ser chato.  Divertido é ser número inteiro. Decimal eu já fui, e logo voltei a me inteirar. Me prenda em teus braços e tuas pernas enquanto eu ainda quero ser a prisioneira, pois agora eu sou a caça, daqui a pouco serei o caçador.  Me leve pra dançar com a lua enquanto ainda tenho coragem, que daqui a pouco o pânico de altura tomará conta de mim. Não me venha com migalhas apenas, pois meu pecado capital é a Gula, e sou faminta 30 horas por dia. Aproveite enquanto sou apenas oito, e goste. Goste mais ainda, quando uma casa numérica aumentar, e eu for oitenta. 

Ana Flávia Sousa Silva

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moda antiga.

01:26 Ana Flávia Sousa 2 Comments

"O que se perde enquanto os olhos piscam."   






E foi quando ela se sentou graciosamente na sua frente que ele percebeu tudo. Aquela mulher não era qualquer uma, e tampouco igual às que já haviam passado na sua vida. Não que ela possuísse toda a beleza do mundo! Mas aos poucos ela deixava subentendido que era capaz de guardar dentro de si tudo o que é de mais interessante e intrigante, simultaneamente. 
Seus olhos piscaram, e ao voltar o olhar aos olhos dela, pôde ver que diante de ti estava a mulher mais medrosa e corajosa que já conhecera.  
Ela, que quando quer se entregar de alma, corpo e vísceras, foge como uma criança de um bicho-papão num pesadelo. E sentiu uma imensa vontade de carregá-la nos braços e dizer que tudo ficaria bem, pois estava ali ao lado dela. 
Ela que não cai em qualquer lábia, depois de muitas palavras vazias e promessas que nunca foram cumpridas, se viu com uma enorme vontade de acreditar em alguma coisa, e se apegar à aquilo, como se fosse a última esperança, ao mesmo tempo que sua insegurança a deixava com os pés, mãos e coração atrás. 
Uma mulher como qualquer outra, se não fosse pelo fato de ser tão destrambelhada e sem jeito, causando vários pequenos acidentes e adquirindo um roxo pelo corpo por dia. Se não fosse por sua inexplicável paixão com o chocolate e por ter criado um mundo à parte, aonde os beijos são macios, e os abraços coloridos e as fotos cheirosas (porque não?), ela seria apenas mais uma. Quem mais tem um gosto tão diversificado?!  Ao mesmo tempo que é alucinada com carne vermelha até mata por um sushi. 
No seu universo particular ele quis entrar, e nele desbravar os caminhos obscuros,  enfrentar seus medos e deixar apenas Girassóis no seu caminho. Quis antes de tudo, entendê-la.
Então foi quando ele se descobriu na sua biografia em preto e branco, aonde ela vivia de modo peculiar: à moda antiga. 
Ali não havia espaço para vadiagem. Logo percebera. Assim começou a andar pianinho, com medo de acordar todos os medos dela.  
Naquela novela de rádio, era o cavalheiro quem abria a porta do carro. Era ele também quem cortejava a dama! Com tantos cuidados, a mulher, se via menina envergonhada!
Não chegou ao ponto de os pais terem que escolher seu marido, mas soube que para tanto, seria exigente, e a opinião dos pais, não deixara de ser essencialmente importante.
Ela não se derrete com buquês de rosas, mas por um Girasol num vaso para ser cuidado, ela se desmancha.  Não se comove com elogios, é crítica, irônica e CHATA. Logo viu.
Mas abre um sorriso no canto da boca, por nada. Apenas por gostar do som do sorriso.
Além de descobrir o fato desta mulher possuir diversos amantes, cada uma com uma aparência distinta e principalmente, trazendo na bagagem, histórias e personagens incríveis: Os livros são a paixão dela, e um dia, Ah! Um dia, quando a sua casa tiver, ela terá sua biblioteca particular, onde dividirá cultura, poesia e narrativas para quem disposto estiver. 
Se sentiu Vasco da Gama, depois de tantas descobertas... Mas não precisava se sentir invasor, pois foi ela quem permitiu tal visita ao seu conto,e  até onde sabia, estava sendo uma visita agradável e surpreendente.
Ele a conheceu ali. Durante um olhar ele se viu no mundo dela, aquele que muitos julgam misterioso e incompreensível. E assim, se arriscou a quebrar o gelo que a envolvia internamente... sem ao menos ter a certeza do que receberia em troca.  Nada prometeu, apenas cumpriu. Fez acontecer. 

Ana Flávia Sousa Silva

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amadurecência.

01:08 Ana Flávia Sousa 0 Comments

Uma alteridade disfarçada
Inquilina de todos nossos risos.     










Estou realmente cansada de teorias e conceitos. Farta de nomear, renomear, designar, denominar, classificar. 
E esgotada ainda mais de me ver cheia de rótulos, colocados por pessoas que nem meu nome completo sabem. Para estas, informo que me chamo Ana Flávia pela minha avó querida, Sousa de mãe, e Silva de pai. 
Deixei de ser tolerante com pessoas que se colocam toda manhã na sua redoma de vidro, e se julgam melhores que qualquer outro ser humano. 
Sinceramente, afirmo aqui que estes seres (de humanos, quase nada), pouco me afetam. Pouco me incomodam. Não mais.  É claro que me deixaram várias vezes diabolicamente raivosa e indignada. Não nego ( e não devo nada a eles também.) O que me faz pensar, é o que fizeram na vida (de bom) para deixar para os filhos e netos? Além de exemplos ridículos de preconceito. Além de ensinar a julgar tudo e todos sem ao menos conhecê-los, sem ao menos sentir como é o calor da sua pele através de um aperto de mão. O que deixarão, quando forem todos para o mesmo buraco cavado por um coveiro qualquer (preto ou branco, homo ou heterosexual, pobre ou rico)?!  Eu lhes informo meus caros, que nada trouxemos para a vida, e dela nada levaremos. A não ser o que for plantado e cultivado na nossa alma.  Espero, deixar ensinado para os meus companheiros desta curta viagem que é a vida,  a maneira  de se sorrir mais bela: De dentro pra fora. Pelo canto da boca. Sorrir enquanto sente cócegas no estômago, pois este está cheio de borboletas. Espero, que meus filhos e netos, se lembrem que enquanto houver distinção entre as pessoas, seja ela qual for, sempre viveremos em risco constante de guerra. Enquanto, a mais gentil atitude é acolher todo ser, como irmãos. Pois é o que somos diante de Um Só Pai. É a mais formidável maneira de se encontrar a paz.  Mas as pessoas que vivem no seu altar particular nunca experimentaram sentir o coração cheio de calor, depois que estendemos a mão à quem no momento estava precisando. Suponho que Deus está totalmente presente na bondade, quanto mais caridosas pessoas somos, mais nos sentimos quentes e protegidas. Parece que o Papai lá de cima, nos presenteia com um cobertor daqueles bem fofinhos todas as vezes que nossa mão é estendida em prol de uma outra vida. 
Acredito que estas pessoas que possuem pedra no lugar do coração (sem taquicardia em momentos de surpresa? Muito triste. ), são trazidas para nosso convívio com um único objetivo: Fazer-nos pessoas singulares! Pessoas que são inevitavelmente obrigadas a crescer e aparecer! 
Mas não se iluda de que logo após enfrentar todos os monstros e terras sombrias para chegar ao fim do Arco-Irís, seu pote de ouro estará a sua espera. Nossa luta é perpétua. 
E muito menos crie fantasias de que os caras que vivem no oratório irão reconhecer seu triunfo, e mais ainda, reconhecer que você não está para brincadeiras, como todos pensavam antes. 
Mas não precisamos provar nada a ninguém, já que as mãos que foram estendidas para nós durante todo o percurso, conhecem o seu verdadeiro ser. Nos vêem através da alma, pura e translúcida. 
À estas mãos devo minh'alma, meu ser e meu coração. E serei eternamente grata, por me deixarem ser apenas a Ana, e a mim dedicarem carinho, afeto e amor. São mãos, braços, pernas e pés que estão ajudando-me a ir cada vez mais a frente. São os que entendem que até os sonhadores têm seus piores momentos, e por isso, é mérito deles conviver com tudo o que possuo de melhor. 
  Emancipação destas cordas dos julgamentos irracionais já. É mais que apropriado, aproveitar que o novo ano acabou de completar 08 dias e começar a observar o próprio umbigo, que não é tão limpo quanto é falado por aí.
Enquanto se está com um saco bem grande de críticas (aquelas que destroem mesmo.) para distribuir, a vida está acontecendo mais rápido do que imaginam. Faremos pois um acordo, eu fico com este saco de maldades, e o substituo pelo meu, repleto de sorrisos sinceros para serem repartidos. Quilos e mais quilos de abraços tão lindos quanto um pôr-do-sol! Diversos vidros com os beijos mais cheirosos que se possa imaginar. O que eu farei com o saco abarrotado de malícia? Entregarei nas mãos do Pai, pois Ele levará junto com toda a tristeza de sua vida, para um lugar que de tão distante, é inatingível. Sabe, o Deus que tu dissimuladamente diz acreditar e ser Dele um servo? Claro, há de se manter as aparências, de que és intocável, de tão perfeito. Se eu não estarei vazia e incompleta enquanto estarás usufruindo de todo o meu melhor?  Resposta negativa. Tudo o que tenho de mais valioso, já está impresso dentro do meu ser... e se renova a cada novo amanhecer. Faça um bom proveito. E multiplique-o. Bondade, trás bondade.
Penso e pondero agora, depois de viver um pouco, mas o suficiente para chegar à drásticas e necessárias conclusões, quem é mesmo que precisa deixar de ser verde, para cair maduro no chão?!  

Ana Flávia Sousa Silva




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ei 2011.

18:54 Ana Flávia Sousa 0 Comments



O que se tem de fazer quando uma etapa chega ao fim? Sempre fico confusa com isso.
O que eu fiz para que um ano inteiro não passasse apenas como mais um entre os meus dezenove?
Durante os 365 últimos dias... sorrisos foram distribuídos aos quatro cantos, sem distinguir raça, opção sexual, conta bancária! Sorrisos, que não esperavam nada em troca.
Além de muitos abraços e beijos carinhosos, para quem precisava de um aconchego.
Palavras  chegaram a muitos ouvidos... As vezes ásperas e rudes, outras macias como algodão. Dependeram muito do meu humor impulsivo e de quem as recebeu.   Falei o que queria muitas vezes, mas também meu ouvido ficou ferido quando palavras feito pedras chegaram até eles.
Andei em muitos lugares. Com minhas pernas e pensamentos. Viajei, principalmente na maionese... Imaginei estar em lugares jamais habitados... Pensei em chamar a lua pra dançar comigo, e chamei, mas ela não veio. Não dessa vez.
Observei o mundo girar ... e percebi que ele gira sozinho, sem você ou ninguém fazer qualquer esforço. E não gostei da experiência de ver o tempo passar, sem que eu nada fizesse para que os segundos valessem mais.
Agora, estou com um bebê de um dia nas mãos... Este morrerá em 12 meses. E cabe a mim fazê-lo o bem mais precioso. Enchê-lo de alegrias, conquistas, realizações.
É como se eu tivesse na minha frente uma tela em branco, e Picasso me emprestasse seus pincéis e tintas e me desse esta única oportunidade: Preencher um espaço vazio e sem graça de cores e significados.
É como se eu recebesse uma semente... e o meu dever é semeá-la numa terra saudável, para que nasça cheia de VIDA.
É como  a minha função de arquiteta, imaginar... idealizar.... realizar.!
Cabe a mim a construção de um lar seguro, aconchegante e feliz.
Este ano serei mais que mais uma garota: Serei mãe! Artísta! Arquiteta deste novo ano!
E este texto não é um texto cheio de promessas! Assim como meu ano não será!
Prefiro não esperar nada dele, para que ele me surpreenda!
É, adoro surpresas!
Oi 2011, Seja Bem-Vindo!

Ana Flávia Sousa Silva

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